segunda-feira, 28 de julho de 2014

O Verbo

Trazendo consigo a paz, um menino nasceu
e onde havia trevas e morte
uma grande luz resplandeceu.

Trouxe consigo o consolo para uma humanidade sofrida.
Ele veio ser a razão da minha existência.
Ele é único caminho para a verdade que nos dá a vida.
Príncipe da Paz, digno de reverência.

Trouxe vida e uma nova esperança,
restaurou em mim a paz e nele me fez ter confiança.
E como eu, muitos O receberam.
Fez brilhar a luz da vida e as trevas não compreenderam.

Mas um tempo de aflição foi instaurado,
e assim de repente, por muitos, foi desprezado
E sofreu como alguém jamais sofreria
e me amou como alguém jamais me amaria.

Foi oprimido, afligido
e por nossas transgressões foi ferido.
E sobre Ele estava um castigo que jamais suportarás.
Ele tinha sobre si o castigo que nos trouxe a paz.

Foi erguido e à cruz foi pregado,
mas mesmo dando a própria vida e morrendo como injustiçado
a glória de Deus o alcançou e dos mortos foi ressuscitado.
E Cristo sobre o inferno triunfou, morreu e ressuscitou.

Era o Verbo e o Verbo com o Pai estava
E o Verbo era o próprio Pai que a Si mesmo nos enviava.
Ele trouxe a  reconciliação em um mundo imundo de pecado.
Nos trouxe a salvação quando declarou tudo estar consumado.





Em busca da inspiração

Em busca da inspiração, tranquei-me dentro de mim
e parti pelos sonhos de uma noite de inverno.
E como poeta que sou, escrevi  como quem enlouquece,
então comecei a viver como quem perece
e à sombra de mim minha existência fenece.
E sendo levado pelas ondas de poesia,
passei a compor uma escrita mais fria
onde temos o lugar de destaque para a dor
e com pouca frequência uma citação de alegria.
Não que tenha estado tristonho,
mas é que eu apenas proponho
uma falsa dor de uma falsa vida que venho vivendo.
Nessa busca pela inspiração,
os machucados foram tantos:
Joelho, alma e espírito.
Era dia e noite entre prantos e gritos.
A dor já cessou, levando parte de um poema que também sou.
Dançamos, os dois. Eu fiquei e ela partiu.
E no fim do caminho, olhou para trás e sorriu.

domingo, 27 de julho de 2014

Pedido de socorro

Salva-me das perturbações,
das noites acordado e dos dragões.
Aqueles que rodeiam o meu sono.

Salva-me daqueles meus pensamentos mórbidos,
das minhas vontades perversas
e dos meus atos pérfidos.

Salva-me da raiva que visita o meu coração,
da falta do teu ar em meu pulmão
e daquela velha dor de frio.

Salva-me, por favor, de te ferir,
mas só não venha interferir
no jeito em que eu vejo a vida.

Salva-me das atitudes que irão te machucar,
e da lágrima que tu fizeste rolar
ao proferir a frase dita futuramente.
Salva-me de mim mesmo.

Dá-me um veneno qualquer-me 
e deita-me para que eu possa ver as estrelas antes de partir.
Deixa-me olhar em teus olhos
até que eu feche os meus?

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Sabiá

Voa, meu Sabiá, mas vê se voa aqui pertinho.
É que eu tenho medo, Sabiá,
que prendam tua beleza
e te arranquem do meu ninho.

Vai, meu Sabiá,
voa e vê se traz
as cores de outrora,
e mais um pouquinho daquela paz.

Calma, meu Sabiá, canta bem baixinho.
É que eu tenho medo, Sabiá,
de que ouçam o teu canto
e te prendam em um canto longe do meu cantinho.

Não canta tanto, Sabiá, mas canta só pra mim.
Não voa pra tão longe, Sabiá.
Eu sei que esse mundo é o teu quintal
e esse quintal, para ti, não tem mais fim.

Fica aqui quietinho, Sabiá,
É que eu não quero que te façam mal.
Cuidado, Sabiá, as crianças querem te apedrejar,
te prender e engaiolar.

Olha, Sabiá, é primavera!

Olha, Sabiá, acho que voarei um pouco.
Desculpa-me, Sabiá, mas a vida quer me levar.
Mas fica, Sabiá, deixa eu ouvir o teu cantar,
me mantém vivo em tuas notas.

E canta naquele teu tom mais calmo 
que assim só eu te ouço.
Adeus, Sabiá, e quando eu for,
só tome cuidado por onde voar.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Poemásia


Fiz uma poeminha
bem curtinha.
Ficou assim
pequena, bem pequenininha,
mas um dia 
a poeminha se sentiu tristinha
por falta de companhia.
Então vi que não era bom a poeminha ser sozinha.
Quebrei a cabeça à beça
e fiz um poeminho
bem curtinho.
Pequeno, bem pequenininho.
Estão juntos, bem juntos,
no caderno, apertadinhos.
Misturaram seus versinhos
e já não sei mais quem é quem.
Se antes, sozinhos, eram ninguém.
Agora juntinhos é que convém.
Chovia tão forte aquela noite
que nas pedras as gotas eram como açoite.
Deitou-se em seu leito frio,
fechou seus olhos e dormiu.
Subiu e sentou-se no barco.
Sonhava em ser pescador.
Com o anzol pescou cinco peixes
e com a rede pescou  um amor.
Um amor, que para um sonho, foi bem duradouro.
Na rede havia uma menina
que veio a ser o seu grande tesouro.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Chovia

Chovia. Ele estava esperando o ônibus. Subiu, sentou-se no banco ao lado da janela e ficou pensando em sua vida. O motorista, inexperiente, a todo o momento freava e fazia com que os pensamentos daquele menino se reorganizassem. Num certo momento o ônibus parou no sinal vermelho e ao lado parou outro ônibus. Aquele menino tentou olhar pela janela embaçada. Não conseguiu. Limpou-a, mas foi em vão. De repente, no veículo ao lado, uma menina também limpava sua janela e enfim puderam se ver pela primeira vez. Ela esboçou um sorriso e ele retribuiu. O sinal verde então abriu. O menino ficou triste, mas ao mesmo tempo estava feliz pelo único sorriso que havia recebido naquele dia. Mais vale um sorriso na chuva do que nenhum ao sol.

Apresentação

Eu me chamo Antonio, mas sem acento. Sou um sujeito introvertido e que escreve poemas e, às vezes, contos. Tudo o que escrevo tem a ver com as coisas que acontecem a minha volta ou meus sentimentos. Também gosto muito de café e música. Enfim, não tenho muito a dizer sobre mim. É isso.