domingo, 9 de novembro de 2014

Estou.

Estou cansado, mas sem sono,
beirando à loucura e ao abandono.
Estou apenas.
Sem mim.
Sem chão.
Sem dores e quase sem coração.
Sem flores e dentro de um furacão
que surge dentro de mim
e se esvai assim
sem nenhum sentido
como se nunca houvesse antes existido.
Estou apenas esperando o futuro deste mundo 
e que ele acabe dentro de segundos,
como no soluçar de uma criança
que agoniza, sem esperança,
ao inspirar pela última vez
uma atmosfera poluída 
por toda nossa altivez.
E agoniza...
E tudo se desfez.

Dentro da caixa

Dentro da caixa é tudo confuso.
A vida é uma pausa
e o tempo intruso.

Dentro da caixa eu sou mais um preso.
O tempo não passa
e só me traz o desprezo.

Dentro da caixa me sinto enjoado.
As árvores giram
e eu caio desmaiado.

Dentro da caixa eu grito de dor.
Se olhares fundo em meus olhos,
me verás gritando de pavor.

Dentro da caixa é tudo solidão.
o Abandono de todos
sem alguma compaixão.

Dentro da caixa, me esqueço, me deixo.
me tranco e choro,
ninguém me ouve e mesmo assim me queixo.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Presente de Deus

O tempo passou 
e em mim a esperança esfriou,
mas assim mais que de repente
o Senhor colocou em minhas mãos
um belo presente.
E surgiste e minha vida como por encanto,
e desde então esse nossos amor vem crescendo tanto
que mal cabe direito em meu peito.

Em minha vida nunca tive algo tão precioso como o teu amor.
Um lindo presente de Deus, meu Pai, tão amoroso. 
Meu único senhor.
E agora minha vida tem felicidade, 
pois contigo conheci o amor de verdade.
Um amor que vai além da distância 
e que fez surgir em mim uma nova esperança
de que um dia, estarei ao teu lado.

E prometo te amar e respeitar
e estar, em todos os momentos, contigo.
E prometo ser teu companheiro e além de tudo ser teu amigo.
Te acompanharei na alegria e na tristeza
e dia após dia, amarei ver a em teus olhos a beleza do primeiro olhar.
E assim, na tristeza, irei te confortar e em Cristo iremos nos alegrar,
mas seja o que for, por toda a minha vida ,
irei te amar.

Preciso de ti

Preciso novamente ver teu sorriso,
e ouvir teu riso que é como canção para mim
e que alegra meu coração assim em segundos.

Preciso sentir teu toque 
e sentir meu coração pulsar mais forte,
unir em um só nosso mundos.

Preciso em teus braços deixar a saudade
que me acompanha nessa madrugada
e me faz lembrar de ti ao sorrir e me olhar envergonhada.

Sem ti, meus dias perdem a cor
e meu olhar perde de vista  o amor
que somente o coração sente.

Sem ti, sinto-me pela metade
e vejo minha incapacidade
de seguir a vida da qual tu és a razão.

Sem ti, não ha mais diferença entre noite e dia,
nem canção e nem poesia,
nem tristeza e nem alegria.

Mas tenho a ti e contigo irei permanecer
e juntos a vida toda iremos viver
e até o nosso último dia, em amor, envelhecer.

sábado, 18 de outubro de 2014

Minha alegria

Meu dia se enche de luz
quando em teus olhos encontro o amor
e quando em teu peito encontro descanso.

Meu dia é só alegria
quando em teus lábios encontro doçura
e quando em teu olhar encontro a candura que nunca tive.

Meus olhos se enchem de paz 
quando encontram os teus
e quando teu sorriso os invade.

Minha vida se encheu de vida
quando tua vida encontrou com a minha
e quando passamos a viver como um.

Minha alegria és tu
e tu és somente minha
assim como eu sou somente teu.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Sem mais poemas

Sem mais poemas.
É meu problema
essa ira que me corrói,
que por dentro me destrói
como ácido sulfúrico.

Sem mais poemas.
Não tenho temas
para variar o amor,
que de mim foi senhor,
e que outrora senti.

Sem mais poemas.
E sim essa dor suprema.
Adeus.
Sem mais os lábios teus,
sem mais a mim.

Sem mais poemas.
Mas que dilema!
Deixarei para trás
toda a minha paz:
Você, que já tanto faz.


Sem mais poemas,
nem rimas, nem versos.
Sem mais a ti.
Deito eternamente em leito de morte,
jogado às larvas e à própria sorte.

Inconstância

Então eu te olho,
e teus olhos quase abrem,
e tu quase me roubas
e acabas com a minha vida.

Então eu te desejo,
e teus desejos me envolvem,
e tu quase me matas
e pareces perdida.

Então eu te quero,
e teus quereres me querem,
e tu quase me deixas
e voltas ferida.

Então eu te acolho,
e teus braços me envolvem,
e tu quase que ficas
e te vais esquecida.

Então eu te busco,
e tuas mãos me aquecem,
e tu quase me atas
e já não estás mais vestida.

Então eu te devoro,
e teus suspiros me entorpecem,
e tu quase que cansas
e te vais em seguida.

Então eu te olho,
e teus olhos já não abrem,
e tu já me tens roubado
e com minha vida acabado.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Brilhante

Uma vez, vi teu olhar
e percebi que em outro não iria encontrar
o que no teu encontrei.

E então eu pensei ser teus olhos o paraíso
e vi que mais belo que tudo 
era teu belo sorriso.

Tua face linda
e tua pele delicada,
fizeram querer-te como minha namorada.

Uma linda princesa,
da mais nobre realeza,
filha de um grande Rei.

Uma pedra preciosa,
de todas a mais formosa,
brilhante em Sua coroa.

Amor, eu te amo para sempre e agora.
Por mais que seja difícil,
por nós dois, esperarei a hora.

Amor, eu te amo.
És tudo para mim.
Menina, mulher, caçadora de mim.

Dorme um menino

Dorme um menino
na mente de alguém.
Apenas ideia, apenas ninguém.

Dorme um menino
no ventre da madre.
Difícil achar posição que enquadre.

Dorme um menino
no colo do pai.
Quase que dorme, quase que se vai.

Dorme um menino
no leito macio.
E outro conforta-se no meio-fio.

Dorme um menino,
mas demora a dormir.
Menino que dorme, queria sair.

Dorme um menino.
Menino travesso,
e volta pra casa virado do avesso.

Dorme um menino,
dorme quando quer.
Lança olhares à alguma mulher.

Dorme um menino
em noite enluarada.
De mãos bem juntinhas com sua namorada.

Dorme um menino,
sempre que puder.
No leito ao lado de sua mulher.

Dorme um menino
que cuida de outro.
Seu filho pequeno, dorme tão sereno.

Dorme um menino,
cresceu, virou homem.
Nem um e nem outro, vez em quando somem.

Dorme um menino
de cabelos brancos,
cedinho na praça, sentado em um banco.

Dorme um menino,
para sempre menino.
Um coração grande em um corpo pequenino.

Dorme um menino,
não que isso importe.
Não acorda mais, dorme em leito de morte.

Intemperismo.

Meias verdades
não movem a vida.
Meias rasgadas 
não protegem do frio.
No meio-fio
dorme um menino.
Meias estradas
não chegam jamais.
Ventos mais fortes
destroem teus sonhos.
Ventos mais fracos
não movem teus desejos.
Ventos que passam
não trazem, não levam.
Águas passadas 
não movem moinhos.
Ventos que voltam
e voltam e voltam...
Culpa do intemperismo.

Desejo

Um desejo gostaria de ter,
mas vários tenho.
Sendo assim gostaria de te dizer
o que em nós deve permanecer.

Que a essência do início não se acabe
e que a delicadeza do amor não desabe
por qualquer vento de falha humana.

Que o nosso amor seja maior
e ao teu lado cada dia seja o melhor,
mas não mais que do que o dia seguinte.

Que Cristo seja o centro
e Seu Espírito em nós, esteja dentro,
guiando-nos com sabedoria. 

E se alguma tempestade nos assombrar,
em paz Ele irá nos conservar,
pois nele confiamos e firmes estamos.

Deus é bom e disso estamos certos,
viveremos unidos e em completo amor
e do Senhor cada vez mais perto.

o Amor tudo suportará e tudo esperará.
Afinal, veio dele e é para Ele
e para sempre em nós durará.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Antonio Sem Acento

Eu não andava,
só corria e pulava
de um sol ao outro.
Ando tão sei lá
que nem sei por onde ando.
Ando na minha casa e na sua,
ando na caixinha de leite, ando na lua.
Então fui cansando,
crescendo e vendo
que eu valia e valho ouro.
Então se valho tanto,
por que esperar virar orvalho
e depois escorrer no chão?
Eu vou pular,
vou correr,
vou andar nas paredes,
vou achar o norte
apontando só com a mão.
Vou ouvir e vou falar,
vou sorrir, não vou chorar.
Quando der, vou te visitar

- Juliana Santana ( Mon Petit Lion)

domingo, 7 de setembro de 2014

Quando eu chegar

Quando eu chegar
e em teus olhos olhar,
em pé não ficarei.

Quando eu te avistar
maravilhoso será,
pois junto de Ti estarei.

Tua presença grandiosa será,
meu coração, a Ti, quebrantado estará.
e então te adorarei.

Quando eu te encontrar
e enfim em Ti poder descansar,
só assim em paz estarei.

E o ar será repleto de louvor,
direcionado ao meu único Senhor.
Vinda do coração, a Ti será minha adoração.

Formoso e exaltado,
maravilhoso e adorado.
És inigualável, meu Pai amado.

Tens a força e o universo em mãos,
És grande e escolheste habitar em meu coração.
És a vida e a verdade. Glorioso por toda a eternidade.

Meu Pai que está no céu
a Ti anseio encontrar,
face a face poder te adorar
e por toda eternidade contigo morar.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Meu canto ficou preso dentro do meu peito
e eu estive preso, acorrentado ao meu leito,
mas no meio do Caminho tu vieste me resgatar,
colocaste em meus lábios um canto novo
e agora canto feito sabiá.
De vez em sempre, vôo pelo teu olhar.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Menino de rua

Menino de rua
de frente para a sua
maior tristeza.

Menino de rua
convive com a lua,
sem nada na mesa.

Menino de rua
às vezes atua
com tanta frieza.

Menino de rua
que talvez possua
em seu peito a dureza.

Menino de rua
não fica na rua,
tens tanta beleza.

Menino de rua,
tens a alma nua 
de toda avareza.

Menino de rua
teu olhar insinua
a tua grandeza.

Menino de rua
não substitua
a tua pureza.

Menino de rua
perdão se sou tua
maior incerteza.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Unidos

Meu olhar perdido estava
e então encontrou com o teu.
Tu já bem me esperavas
e em um simples olhar, tornei-me teu.

Admirar-te, para mim, não foi o bastante
e quis viver contigo mais do que um simples instante.
Ao sentir o teu toque o meu coração pulsou mais forte
e meu dia se encheu de luz, a dos teus olhos.

Pude sentir em teu abraço conforto e paz
e desejei deixá-lo nunca mais.
Vejo em ti uma luz vinda dos céus
que reflete nos olhos teus.

És minha preciosa,
a flor mais formosa.
Minha menina, enviada por Deus.

Juntos estaremos em harmonia com o Criador,
semeando vida, vivendo a Verdade
e unidos em amor.

domingo, 10 de agosto de 2014

Encontro

Vi hoje um passarinho
que me fez sorrir bastante.
Era tão pequenininho
e estava tão distante.
Voou por entre as nuvens 
e pousou no meu quintal.
Tinha um canto tão bonito.
Era lindo, eu admito!
Tinha os olhos como de cristal.
Novamente ele voou
e sozinho me deixou.
E amanhã se ao quintal eu voltar,
ouvirei novamente o passarinho cantar.
Era um belo de um canto!

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Descartável

Jogou-me fora
na lata do lixo.
Andei por ai a fora
como se fosse um bicho.
Eu quis ser amado,
amar e ser cuidado.
Perdi as estribeiras
e agora me vejo à beira 
de um penhasco qualquer.
Atiro-me ou não?
Que difícil decisão.
Decida por mim,
por favor.
E jogue-me fora,
penhasco a fora.
Adeus, meu amor.
Estou indo embora.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Deixado

Deixado
de lado
ficou
o meu
coração.
Cercado,
partido,
deixei
o teu
coração.
Fiquei
pelas ruas
andando
calado.
Olhei 
para  a lua.
O peito
apertado.
Chorei
e lembrei
de ti,
meu amor.
Dormi
pela relva.
Na selva.
Deixado.

Por ruas com cheiro de uva!

Hoje eu queria ter uma bicicleta,
por alguns instantes  deixar de ser poeta
e fazer poesia pelas ruas.
Divido minhas alegrias e as faço tuas.

Hoje o tempo está com cheiro de chuva.
Se chover, vou deixar molhar.
E por ruas com cheiro de uva,
ficarei até o sol raiar.

Se o sentido da vida é viver,
então me explica por que entristecer?
Se a alegria vive dentro da gente,
então por que semear uma má semente?

Deixa a alegria brotar e florescer.
Corta a raiz da mágoa e libera o perdão
e descubra o mundo como quem vem de nascer.
Sinta o cheiro da uva e perfume o coração.

E o poema pode parecer loucura,
mas na poesia a realidade some ou se transfigura.
Meu pedaço de chão vira um castelo
e o que era feio, na poesia, se torna belo.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Olhos de céu

Diga-me.
Fala-me de ti.
Mostra-me tua face.
Levanta o teu olhar...
Percebes que atrás das nuvens  o céu ainda é azul?
Consegues enxergar a imensidão deste céu
que em teu olhos se torna um pouco maior?
Eu sei que não... Eu sei.
A cada dia que passa torna-se mais imperceptível
toda essa i-m-e-n-s-i-d-ã-o.
E atrás de tudo isso
o céu ainda é azul.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

O Verbo

Trazendo consigo a paz, um menino nasceu
e onde havia trevas e morte
uma grande luz resplandeceu.

Trouxe consigo o consolo para uma humanidade sofrida.
Ele veio ser a razão da minha existência.
Ele é único caminho para a verdade que nos dá a vida.
Príncipe da Paz, digno de reverência.

Trouxe vida e uma nova esperança,
restaurou em mim a paz e nele me fez ter confiança.
E como eu, muitos O receberam.
Fez brilhar a luz da vida e as trevas não compreenderam.

Mas um tempo de aflição foi instaurado,
e assim de repente, por muitos, foi desprezado
E sofreu como alguém jamais sofreria
e me amou como alguém jamais me amaria.

Foi oprimido, afligido
e por nossas transgressões foi ferido.
E sobre Ele estava um castigo que jamais suportarás.
Ele tinha sobre si o castigo que nos trouxe a paz.

Foi erguido e à cruz foi pregado,
mas mesmo dando a própria vida e morrendo como injustiçado
a glória de Deus o alcançou e dos mortos foi ressuscitado.
E Cristo sobre o inferno triunfou, morreu e ressuscitou.

Era o Verbo e o Verbo com o Pai estava
E o Verbo era o próprio Pai que a Si mesmo nos enviava.
Ele trouxe a  reconciliação em um mundo imundo de pecado.
Nos trouxe a salvação quando declarou tudo estar consumado.





Em busca da inspiração

Em busca da inspiração, tranquei-me dentro de mim
e parti pelos sonhos de uma noite de inverno.
E como poeta que sou, escrevi  como quem enlouquece,
então comecei a viver como quem perece
e à sombra de mim minha existência fenece.
E sendo levado pelas ondas de poesia,
passei a compor uma escrita mais fria
onde temos o lugar de destaque para a dor
e com pouca frequência uma citação de alegria.
Não que tenha estado tristonho,
mas é que eu apenas proponho
uma falsa dor de uma falsa vida que venho vivendo.
Nessa busca pela inspiração,
os machucados foram tantos:
Joelho, alma e espírito.
Era dia e noite entre prantos e gritos.
A dor já cessou, levando parte de um poema que também sou.
Dançamos, os dois. Eu fiquei e ela partiu.
E no fim do caminho, olhou para trás e sorriu.

domingo, 27 de julho de 2014

Pedido de socorro

Salva-me das perturbações,
das noites acordado e dos dragões.
Aqueles que rodeiam o meu sono.

Salva-me daqueles meus pensamentos mórbidos,
das minhas vontades perversas
e dos meus atos pérfidos.

Salva-me da raiva que visita o meu coração,
da falta do teu ar em meu pulmão
e daquela velha dor de frio.

Salva-me, por favor, de te ferir,
mas só não venha interferir
no jeito em que eu vejo a vida.

Salva-me das atitudes que irão te machucar,
e da lágrima que tu fizeste rolar
ao proferir a frase dita futuramente.
Salva-me de mim mesmo.

Dá-me um veneno qualquer-me 
e deita-me para que eu possa ver as estrelas antes de partir.
Deixa-me olhar em teus olhos
até que eu feche os meus?

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Sabiá

Voa, meu Sabiá, mas vê se voa aqui pertinho.
É que eu tenho medo, Sabiá,
que prendam tua beleza
e te arranquem do meu ninho.

Vai, meu Sabiá,
voa e vê se traz
as cores de outrora,
e mais um pouquinho daquela paz.

Calma, meu Sabiá, canta bem baixinho.
É que eu tenho medo, Sabiá,
de que ouçam o teu canto
e te prendam em um canto longe do meu cantinho.

Não canta tanto, Sabiá, mas canta só pra mim.
Não voa pra tão longe, Sabiá.
Eu sei que esse mundo é o teu quintal
e esse quintal, para ti, não tem mais fim.

Fica aqui quietinho, Sabiá,
É que eu não quero que te façam mal.
Cuidado, Sabiá, as crianças querem te apedrejar,
te prender e engaiolar.

Olha, Sabiá, é primavera!

Olha, Sabiá, acho que voarei um pouco.
Desculpa-me, Sabiá, mas a vida quer me levar.
Mas fica, Sabiá, deixa eu ouvir o teu cantar,
me mantém vivo em tuas notas.

E canta naquele teu tom mais calmo 
que assim só eu te ouço.
Adeus, Sabiá, e quando eu for,
só tome cuidado por onde voar.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Poemásia


Fiz uma poeminha
bem curtinha.
Ficou assim
pequena, bem pequenininha,
mas um dia 
a poeminha se sentiu tristinha
por falta de companhia.
Então vi que não era bom a poeminha ser sozinha.
Quebrei a cabeça à beça
e fiz um poeminho
bem curtinho.
Pequeno, bem pequenininho.
Estão juntos, bem juntos,
no caderno, apertadinhos.
Misturaram seus versinhos
e já não sei mais quem é quem.
Se antes, sozinhos, eram ninguém.
Agora juntinhos é que convém.
Chovia tão forte aquela noite
que nas pedras as gotas eram como açoite.
Deitou-se em seu leito frio,
fechou seus olhos e dormiu.
Subiu e sentou-se no barco.
Sonhava em ser pescador.
Com o anzol pescou cinco peixes
e com a rede pescou  um amor.
Um amor, que para um sonho, foi bem duradouro.
Na rede havia uma menina
que veio a ser o seu grande tesouro.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Chovia

Chovia. Ele estava esperando o ônibus. Subiu, sentou-se no banco ao lado da janela e ficou pensando em sua vida. O motorista, inexperiente, a todo o momento freava e fazia com que os pensamentos daquele menino se reorganizassem. Num certo momento o ônibus parou no sinal vermelho e ao lado parou outro ônibus. Aquele menino tentou olhar pela janela embaçada. Não conseguiu. Limpou-a, mas foi em vão. De repente, no veículo ao lado, uma menina também limpava sua janela e enfim puderam se ver pela primeira vez. Ela esboçou um sorriso e ele retribuiu. O sinal verde então abriu. O menino ficou triste, mas ao mesmo tempo estava feliz pelo único sorriso que havia recebido naquele dia. Mais vale um sorriso na chuva do que nenhum ao sol.

Apresentação

Eu me chamo Antonio, mas sem acento. Sou um sujeito introvertido e que escreve poemas e, às vezes, contos. Tudo o que escrevo tem a ver com as coisas que acontecem a minha volta ou meus sentimentos. Também gosto muito de café e música. Enfim, não tenho muito a dizer sobre mim. É isso.