domingo, 9 de novembro de 2014

Estou.

Estou cansado, mas sem sono,
beirando à loucura e ao abandono.
Estou apenas.
Sem mim.
Sem chão.
Sem dores e quase sem coração.
Sem flores e dentro de um furacão
que surge dentro de mim
e se esvai assim
sem nenhum sentido
como se nunca houvesse antes existido.
Estou apenas esperando o futuro deste mundo 
e que ele acabe dentro de segundos,
como no soluçar de uma criança
que agoniza, sem esperança,
ao inspirar pela última vez
uma atmosfera poluída 
por toda nossa altivez.
E agoniza...
E tudo se desfez.

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